maio 24, 2015

I have a hard time saying good-bye.

Acabei de ver o episódio final de Mad Men.



Eu já tinha lido várias análises a respeito da cena final, e da inclusão do comercial da Coca-Cola antes dos créditos, dando a entender que Don teria voltado e somente um Don tranquilo, em paz consigo mesmo e com todos os seus erros e defeitos, um Don regenerado poderia ter pensado num comercial que unisse todos os povos com a intenção de abraçar o mundo e dividir uma Coca-Cola com esse mundo, e just hang out, porque seria isso de que o mundo estaria precisando.



Ok.

Mas eu acabei de ver o episódio final de Mad Men.

E aí eu me dei conta de que todos esses personagens que eu aprendi a amar (depois odiar, depois ter raiva, para entender e depois amar de novo) estavam me dizendo adeus, com uma Coca nas mãos, cantando para um mundo completamente diferente do que me havia sido apresentado há sete temporadas atrás, um mundo não só com figurinos e alturas de saia novos mas também com novas regras e novas atitudes.

E eu tenho muita dificuldade em dizer adeus.

(- Too bad, Don would say.)

Pra vocês terem uma ideia, eu ainda não assisti aos capítulos finais de uma das minhas séries favoritas, porque não quero que ela acabe.

É um apego bobo, eu sei, mas sempre tive a sensação de que se eu disser adeus primeiro, serei a causa de alguma mágoa na outra pessoa, e serei a primeira a ser esquecida. 

Sem contar o terrível "E Se..." que questiona minha decisão de dizer adeus, considerando a possibilidade de eu estar tomando uma decisão muito errada.



Talvez assistindo ao final de Mad Men eu tenha entendido uma coisa muito importante: a vida é cíclica, e dizer adeus é apenas uma das portas pelas quais passamos nesses ciclos, para que possamos chegar a outros descobrimentos.



Em outros tempos, eu jamais teria dito adeus a alguém que me desse um mínimo de atenção, mesmo que esse alguém fosse inadequado ou insuficiente pra mim. Em outros tempos, eu aceitaria qualquer situação por esse mínimo de atenção, na esperança de que fosse o suficiente.

Mas não é. E é aí que o adeus é tão importante.



Ao dizer adeus ao que não é suficiente, eu posso deixar claro, se não para o Universo, ao menos pra mim mesma, o que eu quero. Ou ao menos delinear melhor aquilo de que preciso. Dizer adeus ao que não é suficiente, ou adequado, ou ao que eu não quero, também é dizer adeus à pessoa que eu não quero ser. Ou, dizendo de outra maneira, é estar apta a acolher quem eu quero ser. 

Sempre tive imensas dificuldades em dizer adeus. Em deixar coisas pra trás, muito mais por medo de esquecê-las e com isso diminuir a importância que um dia tiveram para mim. 

Mas é necessário começar em algum lugar, e estou hoje dizendo adeus a Don, odiado, invejado, amado Don.



Estou também dizendo adeus a duas personagens maravilhosas, Peggy e Joan, quem eu gostaria de ser e quem eu sei que sou, cujas dificuldades no mercado de trabalho lá nos anos 1960 são as mesmas que encontro no meu dia-a-dia de trabalho nos dias de hoje.




Estou dizendo adeus a um tempo fictício onde eu gostaria de morar, mas que também não é estático, como a vida, também passa por ciclos, como a vida, e que evolui, quer aceitemos essas mudanças ou não.


Agora, uma observação: para além da discussão se Don escreveu ou não o comercial "I'd like to buy the world a Coke", achei simbólico que o seriado acabasse com a insinuação de que Don se rendeu ao mundo corporativo e escreveu de fato para a Coca-Cola, considerando que lá no começo do seriado a Betty foi chamada para fazer um anúncio, por ser a cara da Coca-Cola naquela época. Não consigo imaginar maior representação da mudança do mundo do que ter, primeiro, Betty Drapper, e depois, jovens de todas as cores e nacionalidades. Enfim.

Adeus.


Bye, Don, see you on the West Coast.

maio 02, 2015

A importância das pequenas tarefas

Há muito tempo atrás, (in a galaxy far, far away) eu fiz intercâmbio, e fui morar nos EUA por um ano, com uma família super tradicional. Um pai, uma mãe, uma filha, um cachorro, um lagarto, e o compromisso semanal de ir à igreja. Na época eu não tinha nenhuma prática espiritual, mas nunca fui preconceituosa, então me pareceu muito natural ir com eles, uma vez que eles estavam me "adotando" por um ano.

E foi ótimo. A igreja tinha um grupo jovem super ativo, com pessoas divertidas que faziam sleepovers, saíam pra jantar e viajavam juntos. Uma das viagens foi para as Smoky Mountains, em território indígena, e eu fui junto. Claro que por trás do passeio existia um propósito de evangelização, mas também isso nunca me incomodou, então eu fui, e participei de boas da pizza party que o grupo organizou para convidar os jovens da reserva. E todo mundo ajudava na organização, limpando as mesas, distribuindo as cadeiras pelo salão, dobrando guardanapos. 

Uma das minhas tarefas era passar windex (uma espécie de Veja multiuso) nas paredes. Até aí, super concordei. Mas o que me deixou bem encucada foi que, considerando o tamanho do salão, a quantidade de windex e o tempo que tínhamos até o início da festa, não conseguiria nunca limpar todas as paredes. Mesmo que todo mundo da organização deixasse suas tarefas de lado e focasse na limpeza das paredes, não conseguiríamos terminar a tempo.

Aí eu fui questionar o pastor responsável pelo grupo, e que estava coordenando as atividades ali. Eu nem me lembro direito o que falei pra ele, mas deve ter sido alguma reclamação a respeito da importância da minha tarefa. Afinal, já que eu não conseguiria terminar tudo, então poderia estar fazendo algo mais útil, mais importante, como colar os cartazes, ou tirar os refrigerantes do freezes e acomodá-los no cooler. Rick (esse era o nome dele) olhou pra mim com muito espanto. Como assim a minha tarefa não era importante? Claro que a minha tarefa era importante, ele disse. Eu insisti (porque eu sou brasileira e não desisto nunca): mas não vai dar tempo de terminar todas as paredes. Mais um motivo pra tu continuar, ele disse. E aí continuou: a importância da tua tarefa está no quão bem tu vai fazê-la. Porque todas as tarefas são importantes. 

Eu lembrei disso na segunda-feira passada, quando estava na minha aula de costura. Porque estou lá fazendo bolsos de calça sem ainda sequer saber fazer a calça, e montando dobras de almofada, sem que nada disso faça muito sentido ainda na minha cabeça. E pior, estava fazendo, e muitas (muitas, muitas, muitas) vezes a professora olhava para o traçadinho da linha, sacava da tesoura para desfazer tudo e me olhar com seriedade:
- Volta pra máquina e faz de novo.



Já quebrei uma agulha de costura numa das vezes que fui passar meus paninhos, e já perdi outra, e já perdi a paciência com a overlock, e já perdi o fio tantas vezes que perdi a conta. Mas hoje eu não questiono mais. São essas pequenas coisinhas que vão montar, mais tarde, o aprendizado. 

É quase que uma alfabetização: eu ainda não vejo o todo, e tudo parece pra mim uma peça de quebra-cabeça de um quadro do Pollock, rabiscos cinza de tinta por cima de rabiscos cinza mais escuro por baixo de rabiscos de tinta branca. Mas se eu for paciente e entender a importância de fazer tudo bem feito, mesmo as tarefas mais chatas, mesmo as que parecem mais desimportantes, talvez eu consiga entender alguma coisa do todo. Talvez não tudo, mas um primeiro passo.



Seria bem fácil eu dizer, ah, mas é só uma amostrinha, eu entendi o processo, deixa assim como tá (feito de qualquer jeito, ou simplesmente torto e feio), e seguir em frente, porque (como tudo na vida) eu tenho pressa em chegar lá nos vestidos lindos de festa e nas camisas maravilhosas. Mas pular essas etapas, deixar qualquer passo feito pela metade, ou mal-feito, estaria sendo um engano, um auto-engano, o esquecimento de uma engrenagem que me faltaria lá na frente.

E agora eu já sei, que o que importa mesmo é como eu me dedico às tarefas, por mais insignificantes que elas me pareçam. E assim eu vou um pouquinho mais longe.


abril 22, 2015

O poder de uma boa história

Mais do que qualquer coisa, nós, seres humanos, somos movidos a histórias.


(Ouça esta música enquanto lê a continuação do post: )




As histórias que nos contam para dormir, as histórias que contamos a nós mesmos para acordar, as histórias que fazemos de conta em que acreditamos para não brigar ou para continuar brigando, as histórias cujo final não queremos ouvir, as histórias que pulamos para justamente o final feliz.

Durante muito tempo (acho que toda a vida) estudei literatura. Mais precisamente, estudei (estudo) escrita criativa. E essa área difere um pouquinho da literatura porque enquanto esta estuda as histórias que já foram escritas, a escrita criativa estuda, analisa, disseca, procura entender o processo da criação de uma boa história.

A fórmula matemática disso é bem simples, é uma receita de bolo. Junta-se um recorte no tempo, dentro de um espaço, com uma voz que conta, tendo algo a ser contado, com alguém que é o agente desse algo a ser contado. E é preciso um conflito. Um dilema. Um enfrentamento que o personagem encara.

Kurt Vonnegut, escritor, autor de Matadouro 5, disse, num desses relatos de escritores sobre o ofício da escrita, com relação ao conflito, que o personagem precisa se mover, e que esse movimento surge de uma necessidade, de um desejo. De uma vontade. Todo mundo, em algum determinado momento, vai querer um copo d'água, e até mesmo essa pequena vontade pode ser usada como conflito e transformada numa boa história.

(Chimamanda Ngozi Adichie, uma escritora maravilhosa da Nigéria, deu um depoimento para o TED a respeito do perigo de uma história única, e eu recomendo que todo mundo assista, pra entender como o olhar direcionado e restrito a respeito das histórias pode diminuir nosso aprendizado a respeito do mundo, mas não é sobre isso que eu quero falar agora)*

Eu quero falar é do poder de uma história triste.

Esqueça aquela sua tia, ou vizinha, ou colega de trabalho que sempre tem um machucado, uma doença, uma unha encravada na ponta da língua. Isso não é uma história triste, isso é uma vida triste. Esqueça também aquela sua colega de trabalho, ou vizinha, ou tia que sempre quer competir no SuperTrunfo das tragédias e apresenta sempre um acidente mais grave, um vírus mais mortal, ou um bicho-de-pé para competir com você. Isso não é uma história triste, isso é uma alma infeliz. 

Uma história triste, quando bem contada, pode comover, fazer chorar e mudar opiniões e visões de mundo. 


(A partir daqui, pode ouvir esta música para ler o fim do post:)


Uma história triste, quando bem utilizada, pode abrir portas, abrir mentes, e espaços inimagináveis.

Uma boa história triste, quando bem contada, no momento certo, deixa de ser triste, e deixa de ser apenas uma história, para se tornar uma analogia-coringa, a ser relacionada com qualquer que seja o assunto em pauta. Ela se torna uma metáfora para o mundo.

Pensei nisso agora há pouco, enquanto assistia pela milionésima vez a Eat Pray Love na televisão. Desta vez peguei já na parte do Love, quando a Liz está em Bali. E porque hoje durante o dia comentei da importância de se ter uma história triste pra contar.

Eu tenho a minha, e como uma vez uma amiga me disse, eu já a contei tantas vezes que ela não tem mais efeito de mobilizar ou de emocionar ninguém. E olhando hoje, pelo viés de passados três anos, eu concordo. Mas só porque eu a contava errado.

Logo quando voltei da Itália, eu contava pra todo mundo, na versão mais triste possível, porque eu tinha a intenção de que as pessoas entendessem o tanto de dor que eu passei. Só que isso é impossível, uma vez que a medida do suportável (assim como da alegria) é diferente pra cada um, individual e intransferível. Então por mais imagens e comparações que eu usasse, eu jamais conseguiria traduzir o que eu senti naquele curto pedaço de tempo que me pareceu infinito sem conseguir respirar, sozinha, a quilômetros de família e amigos, sem que ninguém soubesse onde eu estava. Porque o que eu senti me pertence, é a minha cicatriz, e eu não deveria dividi-la aleatoriamente com qualquer um. O que eu senti é só meu. 

Já o que eu vivi merece ser compartilhado. E a beleza disso tudo, dessa história triste (tem a tragédia, tem a tristeza, tem amor, tem separação, tem superação, tem tudo pra ser blockbuster-bestseller-Oscarwinning), é que basta que eu a conte, deixando os devidos espaços em branco para o leitor-espectador-ouvinte preencher com os seus próprios sentimentos, e ela se torna, para além de uma história triste, uma História Universal. Uma Jornada de Herói.

E se tem uma coisa que comove multidões e move montanhas é uma boa história sendo bem contada.





* Sempre bom linkar os bons links: o TED da Chimamanda, com legendas, aqui.


abril 15, 2015

Apesar dos pêssegos

Apesar das pessoas não comedoras de pêssego pensarem o contrário, eu sou uma ótima amiga. Mais que isso, sou uma ótima aliada.

Sou daquelas que vestem a camiseta do time, compram a ideia, curtem, compartilham, e todas as metáforas e clichês de adesão e parceria que você possa imaginar.

Sou dessas que defende, que pega junto, que atende ligação de amigo bêbado a qualquer hora, que acompanho no batizado do cachorro do porteiro do vizinho do ex, e ainda ajudo a encher os balões e a organizar a mesa dos doces. (mentira, eu não encho balões porque tive uma embolia pulmonar e isso me dá direito de passar adiante esse tipo de tarefas, mas isso é assunto pra outro post.)

Eu sou tão legal, mas tão legal que acabo sendo chata. Muito chata. 

Porque eu antecipo as necessidades dos meus amigos, e estou lá, mesmo que eles ainda não tenham me chamado ou descoberto sozinhos essas necessidades. Eu estou lá calculando os volts do choque que eles vão levar se botarem os dedos numa tomada que nem sabem ainda que existe. E eu estou lá elaborando análises qualitativas de todas as probabilidades e estatísticas de escolhas que eles nem fizeram ainda, que nem sabem se vão um dia fazer, que talvez nem venham a fazer porque eu criei tantos números e planilhas e projeções que tudo parece chato e previsível e, olha, quem sabe a gente joga tudo pro alto e não faz escolha nenhuma, e faz assim, eu te ligo quando precisar desses dados todos, valeu?

E não é chato isso? É muito chato. 

Porque estou privando meus amigos das escolhas deles, do direito deles de decidirem a própria vida, de errar, de ponderar sobre os próprios erros, e desenvolverem o aprendizado sobre esses erros por eles mesmos. Estou impedindo que eles sejam justamente as pessoas por quem me apaixonei quando os conheci (porque eu me apaixono, em diversos e diferentes níveis, pelos meus amigos, e isso não tem nada a ver com amor romântico, que fique bem claro.), e isso é apenas o fim.

Porque eu passo por cima de qualquer coisa que possa ser considerada respeito, afeto, ou mesmo tolerância pelas eventuais divergências que tenhamos, meus amigos e eu.

E isso me torna muito, muito, muito chata. Beirando o insuportável.

Olhando agora, é impossível não pensar que a culpa é toda minha. Eu sei que estou indo na contramão do Mundo (em que é sempre bom encontrar a culpa das coisas nos outros, para me desvencilhar da responsabilidade do que deu errado tanto quanto possível, na maioria dos casos), mas nestes casos específicos, só consigo pensar que fui eu quem afastou as pessoas, não todas, vai, mas a maioria das pessoas que saíram da minha vida.

A vantagem de olhar bem friamente as coisas, é que elas deixam de te afetar emocionalmente. A vantagem de olhar para esses últimos episódios da minha vida bem friamente (pêssegos, embolias e afins) é que eu consigo traçar todos os meus passos. Livre de culpa, apenas entendendo a relação de causa e consequência, que sempre há. E entendendo isso, eu posso entender, respeitar e me relacionar melhor com quem ainda está na minha vida. De uma maneira mais saudável, menos possessiva, menos neurótica. Mais leve.

E leveza é sempre positivo.

abril 07, 2015

O porquê do título, afinal

Diz a Dita Von Teese:


"Você pode ser o pêssego mais maduro e suculento do mundo, e ainda assim haverá alguém que não gosta de pêssego."

E ela tem razão.

Eu já conhecia a frase de tumblrs de outros tempos, e ela tinha ficado arquivada em algum canto da minha mente até semanas atrás, quando encontrei alguns amigos/conhecidos no shopping.

Eles são uns amores, eu gosto muito deles, e nós até chegamos a ser bem próximos durante um tempo da vida, até que eles se afastaram, aparentemente sem motivo.

Nós nos cumprimentamos, conversamos um pouco, trocamos algumas palavras, e durante o tempo todo da conversa eu ficava me questionando o que mesmo eu tinha feito para eles se afastarem, já que eu gostava tanto deles e gostava tanto da companhia deles naqueles tempos passados. 

Até que o assunto minguou, e acabou por se tornar um silêncio, e antes que os sorrisos também morressem, tratei de me lembrar do meu compromisso e sair dali. Despedi-me e fui caminhando para o lado oposto do deles, enquanto ainda pensava no que havia acontecido de tão grave para nos afastar assim. Ainda liguei para uma amiga para comentar que tinha os encontrado, e como eles estavam bem, e ela fez eco à minha pergunta:

- Mas como assim eles não dão notícias?

Foi mais ou menos neste ponto da conversa que meu cérebro me trouxe de novo essa frase, lá da gavetinha onde havia sido guardada. 

Muito simples, respondi pra mim mesma, eles não dão notícias porque eles não querem mais dar notícias. Isso não significa que eu tenha feito algo que tenha provocado esse afastamento, ou que eu seja uma pessoa ruim, ou que eu não seja merecedora de respeito, ou amor, ou qualquer outro pensamento em que o foco esteja em mim. O foco não está em mim. Está no fato de que talvez essas pessoas não gostem de mim. E eles têm esse direito. Da mesma maneira que algumas pessoas não gostam de pêssegos, ou goiaba (meu caso), ou até (pasmem!) chocolate. Pois não é que nem o chocolate é unanimidade? Por que seria eu?

E tudo bem. A partir do momento em que eles decidem que eu não sou mais importante para eles, a opinião deles não deveria ser mais válida ou sequer considerada na conta. Certo? Mais ou menos.

Porque na teoria as contas fecham, mas na prática a pergunta ainda surge, de tempos em tempos: por que afinal alguém não iria gostar da minha companhia? Por que alguém não iria gostar de mim? Por que alguém não iria querer me dar notícias?

As pessoas seguem suas vidas, sem que precisem do meu olhar como espectadora para que suas vidas sejam válidas ou interessantes ou relevantes. 

E por mais que ser desimportante na vida dessas pessoas me doa um pouquinho, ser desimportante para todo mundo é libertador. Porque eu posso eliminar essas pessoas da minha conta, da agenda, do pensamento. 

E, com isso abrir espaço para quem, de fato, gosta de pêssegos.




Mais um blog, Cristina?

Sim, mais um blog.

Uma tentativa, vai.

The important thing is to keep going, right?